Além do novo reservatório de grande porte, o município conta com outros seis poços menores, abertos em áreas rurais, com condição para atender até 20 famílias cada um.

“Esse poço é uma demanda antiga da cidade, que sempre sofreu com a falta de água. Tentamos perfurar o poço outras duas outras vezes, em 2019 e em 2023, mas sem sucesso. Agora finalmente alcançamos a água do Aquífero Serra Geral e pudemos colocar o reservatório para funcionar”, afirma o diretor da Divisão de Poços do IAT, Ronye Alexandre Pinto Pascoalotto.

Os poços tubulares têm como característica conectar aquíferos subterrâneos à superfície e são essenciais para o fornecimento de água para cidades mais isoladas, como é o caso de Itambaracá. “Se o poço for usado na cidade pelo tempo padrão, que é de 16 horas por dia, o fornecimento diário será de 608 mil litros. Mas caso haja a necessidade de o poço ser usado durante o dia inteiro, serão fornecidos e supridos 912 mil litros”, destaca Pascoalotto.

“De um modo geral, o nosso município não possui condições de fazer investimentos como esse. Por isso a parceria com o Estado foi de grande valia para suprir essa falta de recursos e trazer novas oportunidades para a nossa comunidade”, acrescenta o secretário de Obras de Itambaracá, Carlos Elias Tostes.

ÁGUA NO CAMPO – O programa Água no Campo é desenvolvido pelo IAT e tem por objetivo beneficiar famílias que não têm acesso à água potável e que dependem das atividades econômicas ligadas ao campo, em ações conjuntas com as prefeituras locais.

Desde 2019, o programa já perfurou 630 poços em 260 municípios do Paraná (65% do Estado), com investimento de R$ 10 milhões. Apenas em 2023 foram 107 poços em 36 municípios, beneficiando aproximadamente 15 famílias cada um. O investimento no ano passado foi de R$ 1.580.000.

“O Paraná possui mais de 4 mil pontos que dependem de um sistema de saneamento rural. Geralmente a água nessas comunidades é coletada da captação de um córrego próximo, ou usando poços mais rasos, que são métodos que resultam em uma água de menor qualidade. Esses córregos também são mais propensos à escassez em períodos de estiagem. Por isso a construção de poços artesianos, estruturas bem mais eficientes no fornecimento de água, são tão importantes”, explica o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro.

Para a perfuração de um poço artesiano é necessário anuência do órgão ambiental estadual. Após essa etapa, é preciso possuir a outorga do uso de direto das águas. Os requerimentos podem ser protocolados por meio do Sistema de Informações para Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos (SIGARH).