A tendência é que o lockdown no Paraná, que terminará na próxima segunda-feira (8) às 5h, seja prorrogado por mais uma semana, com restrição aos serviços não essenciais e suspensão das atividades escolares de forma presencial. Em entrevista à Banda B, nesta quinta-feira, o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR), Vinicius Filipak, afirmou que os números seguem em crescimento e que, com isso, as medidas restritivas devem continuar.
“Pela evolução dos números fica claro que a taxa de crescimento está em alta. A fila de espera só cresce e acreditamos que as medidas serão prorrogadas”, afirmou Filipak, que atualizou os números na fila de espera nesta quinta-feira (4). “Hoje são 811 pacientes esperando por um leito no Paraná, sendo 336 por de UTI e não há possibilidade de expansão de rede. A situação é a cada dia pior e há crescimento diário da lista de espera, porque a contaminação continua em alta”, ponderou.
De acordo com o Filipak, os pacientes que aguardam por um leito seguem sendo atendidos nas UPAs. “Permanecem nas UPAs sem receber o tratamento na UTI, que é melhor, embora a UPA consiga dar um tratamento similar. Existem alguns tratamentos complementares na UTI, no manejo global deste paciente, que seriam importantes”, afirmou o diretor.
Ainda na entrevista, o diretor da SESA-PR afirmou que o cenário é de guerra e a população precisa ser aliada, não inimiga. “Estamos em uma guerra neste momento. Nosso principal aliado é a população do Paraná e só ela nos ajudará a vencer essa guerra. Se não fizermos isso rapidamente, a dificuldade vai ser cada vez maior”, concluiu.